Bahia amanhece sem PolÃcia Militar nas ruas; greve é iniciada
Os policiais militares da Bahia decidiram, em assembleia-geral realizada nesta terça-feira (15), em Salvador, decretar greve por tempo indeterminado, com início imediato. Como já era sinalizado tanto pelos praças quanto pelos oficiais, a categoria não aceitou as propostas do governo do Estado, que apresentou a Lei de Modernização da PM na última quinta (10), a qual foi considerada um "retrocesso" pela classe. Apesar da reunião entre representantes da categoria e do Palácio de Ondina e apresentação de "avanços"em itens do Código de Ética da PM e da progressão salarial, não houve acordo em relação às reivindicações dos policiais, a exemplo do pagamento da Unidade Real de Valor Monetário (URV).
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, disse que foi surpreendido com a deflagração da greve dos funcionários da corporação. “Primeiramente, eu quero registrar minha surpresa com esse momento. Para se deflagrar uma greve, nós temos etapas e uma delas é o diálogo. Jamais, em momento nenhum, o governo do Estado, a Secretaria de Segurança Pública e a instituição fecharam as portas desse diálogo”, defendeu. Castro reafirmou que o governo propôs, entre outros termos, mudanças nas gratificações das Condições Especiais de Trabalho (CET), além da revisão do processo administrativo disciplinar da mobilização de 2012.
Após a decretação de greve dos policiais militares, o secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa, orientou, que a população “toque as suas vidas” e afirmou que agora pretende “aguardar” a continuidade do movimento para avaliar a adesão da categoria. “A orientação é nós tocarmos as nossas vidas. Estamos passando por um processo de negociação. Nós temos que entender o tamanho e a extensão do movimento paredista para ver se teve ou não a adesão que foi falada. Então é momento de aguardar. Vamos tocar nossas vidas e ter fé de que nós vamos conseguir resolver isso o mais rápido possível”, disse.